Fazer amor requer
arte inconsciente,
Transcende o que é feio ou bonito.
Fazer amor requer a alma despida,
Requer confiar, requer quer o mais.
Transcende a sexualidade e sensualidade.
É ignorar todos os conceitos,
É quebrar as regras,
É fazer ecoar o silêncio.
É entregar-se como quem se doa a si mesmo.
Não tem vínculo algum com o lado físico.
Sacia alma, acalma o coração e explode no corpo.
Fazer amor é a divindade.
Divindade que advém do mais nobre dom da vida: a própria vida.
É enlouquecer a anatomia.
Não importa a forma.
Não importa o lúdico.
O que importa é não importar com coisa nenhuma.
É fazer de inconcebíveis palavrões,
Um lindo poema entre as paredes.
Um escorregar entre mãos,
Um entrelaçamento de pernas.
Um eco de sensações.
Fazer amor é fazer do corpo
Um banquete de sonhos,
E fazer da alma o berço do gozo.
É onde as pontes se cruzam.
É amor que transborda pelos poros.
Fazer amor é loucura diária,
A insanidade de curvas,
O berço da magia,
A taça mistério,
O líquido que transpira.
Fazer amor contigo quero!
Cálice sagrado do altar que
Guardado nos sentimentos.