Tudo fortaleze

Tudo fortaleze
Nascem coisas de onde menos imaginamos.

terça-feira, fevereiro 28, 2012

Maré

Encontrei em você o timão.
Minha passagem para a felicidade.
Âncora que me dá segurança.
Barco que posso navegar.
Vela para direcionar os ventos.
A roda propulsora que iridia o coração.
Mil portos estão a nossa espera.
Cada nascer em um novo lugar.
Do horizonte não necessito ter mais medo, pois a meu lado você estas!
Tempestade ?
Somente fará o amor se profundar.

Gestação

Gestação de sentimentos.
Velas sobre a mesa.
Cama macia.
Sorriso acanhado.

Hobby, meu !
Fito-te com olhos tímidos maravilhados a te admirar
Acanhada por seus poros ao se aproximar.
Injeto o secreto, segredo!

Gestação ...
Um quarteto de amuleto.
Voz tremula, pupilas dilatadas...
Adormece o corpo e alma a esquentar.


Queria parar essa gestação que me cala.
Que não me deixar olhar em teus olhos
Que me prende o verbo,
Que cora lábios e para enlaçar.

Nasça o sentimento que brota em mim no seu pequeno jardim.
Floresça a coragem nós!
Abasteça, abrace,enrosque-se nos meus braços.
Uma gestação de felicidade sincera.


Fantasia*

Minha fantasia secreta.
Meus olhos fervendo.
O corpo que arde.
Quero que sugue minha boca.
Morda meus lábios.
Rasgue os princípios
Cavalgue em  minha pele
Contrações no ventre.
Me faça sua!
Me  faça ser sua, mulher!
Eterna mulher.

domingo, fevereiro 19, 2012

Monogamia

Monogamia de letras.
Monogâmico ser!
Paraíso sagaz .
Uma taça de doçura.
Monogamia para quem precisa!
Seja esperto!
Eleito monogâmico.
Em um furacão indefeso!
Necessito do amor monogâmico!

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Palavras

Medo,  um direito!
Culpa, sentimento corrosivo!
Vergonha, uma ação involuntária!
Tristeza, amar e ser amado!
Mentiras, fala, covardia da verdade!
Ilusão, um direito de ver!
Conexão, Ah, conexão, poucos são os tens!
Raiz da fundação.
Sentir-se seguro.
Estar protegida!
Ter a capacidade total dos sentimentos.
Quero afirmar o querer.
Domesticar a agressividade.
Dar forma, esculpir pela garganta.
Sabedoria na inconsciência
Auto-controle para dor!

Harmonia

Tendência ao medo, medrosa!
Tendência ao nervosismo, acuada!
Meu ser físico sob-ativo. 
Minha raiz.


O sentimento flui, livre sem perceber.
Passional, vívido
Sobre minha expressão calada 
Os olhos e coração se encontram abertos.


A mente tenta criar sua história
Tenta se livras de dogmas
Libertar o irreal,
Criativa a mente permanece.


As ideias batem no muro.
A indecisão, o passível dominam.
Tímida fico!
Oh, umbigo zerado!


O coração sente-se franco!
Trabalha ferozmente.
Quer encontrar a bondade, a afeição nas pessoas.
Amigável coração na batalha!


Ter boa intuição, 
Uma certa introspecção
Visualizações.
Fantasias, utopia ...





sábado, fevereiro 11, 2012

O que precisa ser dito ?
Gostaria que fosse a primeira vista.
Frio na barriga.
Mãos geladas.
Ter o primeiro.


Um homem, menino (...)
Tome o soro da verdade.
Fertilidade para os sonhos.
Ver a verdade em olhos.

terça-feira, fevereiro 07, 2012

SONETO INFERNAL

Dizem que o rei cruel do Averno imundo
Tem entre as pernas caralhaz lanceta,
Para meter do cu na aberta greta
A quem não foder bem cá neste mundo:

Tremei, humanos, deste mal profundo,
Deixai essas lições, sabida peta,
Foda-se a salvo, coma-se a punheta:
Este prazer da vida mais jucundo.

Se pois guardar devemos castidade,
Para que nos deu Deus porras leiteiras,
Senão para foder com liberdade?

Fodam-se pois, casadas e solteiras,
E seja isto já; que é curta a idade,
E as horas de prazer voam ligeiras...

BOCAGE

Adivinhação


É pau, é rei dos paus, não marmeleiro,
Bem que duas gamboas lhe lobrigo;
Dá leite, sem ser árvore de figo,
Da glande o fruto tem, sem se sobreiro:

Verga, e não quebra, como zambujeiro;
Oco, qual sabugueiro tem o umbigo;
Branco às vezes, qual vime, está consigo;
Outras vezes mais rijo que um pinheiro:

À roda da raiz produz carqueja;
Todo o resto do tronco é calvo e nu;
Nem cedro, nem pau-santo mais negreja!

Para carvalho ser falta-lhe um V;
Adivinhem agora que pau seja,
E quem adivinhar meta-o no cu. 




Manuel Maria de Barbosa du BOCAGE

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Fuga.

Sem asa para voar.
Sem força para continuar.
Sem casulo,
Sem cravo,
Sem seus afagos.
Sem amor, 
Desnuda de felicidade.
Resta-me a imaginação!
O credo do céu!
Mortandade a esse horror!
Canto, melodia, quero letra igual.
Chega de dor.
Flor, perfume, mar e brilho na razão.
Fugir com meu  meu amor.
Moreno e morena flor!
Na lua cheia uivar.
Saciar a mente.
Beijarmos os sonhos.
Embrulharemos na nossa nave.
Já chega de sede.
Basta!
Não queremos mais a frequência errada!
Fugir, fugir, fugir para onde nasce o sol junto ao mar.

Vejo-te pelo avesso.
Atravesso seu olhar.
Entro em seus pensamentos.
Interpreto suas ações.
Imagino seu  coração.
O que sou ?
O que sente!
TE AMO SIM!

Lençóis! *

Me emaranhar nos lençóis.
Umidade implícita
Calor que desce das paredes
Não desejos somente os lençóis
Desejo me entrelaçar de braços, mãos, pernas ...
Beijos e abraços.
Ternura e emoção.
Amor e tesão!
Sinto falta de você
Sinto de tua imagem
De enxergar através dos seus olhos.


Quero me sentir tonto com sua voz
Com seu fulgor
Beber de sua boca


Entregar-te meu corpo
Me aprisionar em seus braços
Recuperar minha sanidade.


Sinto de você!
Já não consigo sonhar
Não consigo pensar.


Sou réu confesso
A ti pertenço
A ti amo!
A ti que espero.

Venha agora! *

Venha manhoso,
Com seu gingado poderoso.
Sendo sombra de meu corpo.
Percorra com suas mãos o meu corpo.
Exale malícia pelo pescoço e sussurre amor em meus ouvidos!
Fuga mental.
Transmutar o caminho.
Fuga da imensidão.
Fugaz destino!
Retina embaçada.
O corpo desacelera.
Voz muda.
Desejos dissolvidos e quebrados.
Pontualidade de mulher!
Criatividade de ócio.
Psicodelia que não jaz de um cogumelo.
Artérias que ardem.
A alma inflama.
Segredo de uma mente inquieta.
Se outra em meus  olhos passivos.
Calados permanecem.
Olhares de passividade.
Mudos ...
Eles queimam em silêncio.