Silêncio

Gostaria de silenciar as células,
De não ter-te nas memórias,
De acalmar o coração.
Gostaria de aquietar o sentimento.
De não ter-te no coração.
A recordação dança escaldante
Entre a mentira e a verdade,
O querer e não querer.
Palavras lavadas e sem sentimento.
Insensível parece o que se diz “amigo”
Antes era defensor, protetor e íntimo.
Hoje, desconhecido.
Solitária é estrada dessa amizade,
Mão única e duvidosa.
Gostaria de silenciar a mente.
De esquecer o seu sorriso e gentileza.
De crer que foi verdadeiro.
O silêncio mata.
A dúvida corrói!
Visível se torna-se que realmente não se importa,
Nunca se importou.
Queria silenciar as lágrimas
E te pagar do coração.